A inflação na Itália atingiu em agosto o maior valor em quase 37 anos, de acordo com dados preliminares divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat).
Segundo o órgão, o Índice Nacional de Preços de Consumo para a Coletividade (NIC) registrou alta de 0,8% na comparação com julho e de 8,4% em relação a agosto de 2021, maior índice anualizado desde dezembro de 1985 (8,8%).
A disparada continua sendo puxada pelos preços de energia, que apresentaram crescimento de 44,9% em agosto na comparação anual, contra os 42,9% registrados em julho.
O custo da energia já vinha em alta desde o ano passado, mas o movimento se acelerou a partir de fevereiro por causa da invasão da Ucrânia pela Rússia, principal fornecedor de gás natural para a Itália até o início do conflito.
O governo italiano já aprovou desonerações fiscais para combustíveis e gás natural, porém isso não impediu que os preços continuassem subindo.
As atividades do Parlamento estão praticamente paralisadas por causa das eleições antecipadas de 25 de setembro, mas os partidos cobram do premiê Mario Draghi medidas urgentes para ajudar as famílias a enfrentar a inflação.
"Pediremos uma moratória na luz e no gás, assim como aconteceu durante a pandemia. É preciso que o governo destine o quanto antes pelo menos 30 bilhões de euros", afirmou nesta quarta o senador Matteo Salvini, líder da legenda de ultradireita Liga. (ANSA)
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