O ministro do Meio Ambiente e da Segurança Energética da Itália, Gilberto Pichetto, disse que a proposta da Comissão Europeia de estabelecer um teto de 275 euros por megawatt-hora (MWh) nos preços do gás natural sofreu uma derrota "unânime".
O plano havia sido lançado pelo poder Executivo da União Europeia no início da semana, mas recebeu duras críticas de países que o consideram pouco ambicioso e ineficaz para conter a especulação no mercado de energia.
"Esse campo foi removido por unanimidade", afirmou Pichetto à Radio24 nesta sexta-feira (25), um dia após ter participado de uma reunião de ministros de Energia da UE.
"Se considerássemos a evolução dos preços no verão [europeu], quando explodiu a questão do gás, a proposta seria absolutamente ineficaz, perfeitamente inútil", acrescentou.
A proposta da Comissão Europeia previa que o teto fosse ativado quando o preço do gás na bolsa de Amsterdã superasse os 275 euros/MWh por duas semanas consecutivas e quando a diferença em relação a uma série de referências globais do gás natural liquefeito ultrapassasse os 58 euros durante 10 dias.
Atualmente, o preço do gás em Amsterdã gira em torno de 125/MWh. A proposta italiana é a de criar um "teto dinâmico" que seria variável e baseado na diferença em relação aos valores médios praticados em determinado período.
"Não conseguiremos frear o valor da cotação internacional, mas podemos controlar os sobressaltos e a especulação", explicou Pichetto. Por outro lado, países como Alemanha e Holanda ainda são reticentes quanto à ideia de limitar os preços do gás natural na UE. (ANSA)
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