(ANSA) - O Ministério da Universidade e Pesquisa da Itália afirmou nesta quarta-feira (13) que o governo está pronto para apoiar o compromisso financeiro de sediar o Telescópio Einstein.
A Itália se candidatou para receber a grande infraestrutura de pesquisa para o estudo das ondas gravitacionais na Sardenha, na área da mina desativada em Sos Enattos, em Lula, local considerado ideal devido às excelentes condições geológicas e ambientais.
O governo enviou uma carta a Antonio Zoccoli, presidente do Instituto Nacional de Física Nuclear (Infn), órgão coordenador da candidatura, confirmando o compromisso institucional e econômico para que a proposta seja vencedora no âmbito europeu.
O compromisso financeiro que o governo está disposto a assumir é de cerca de 950 milhões de euros (R$ 5 bi) ao longo dos nove anos previstos para a construção (de 2026 a 2035). Os gastos seriam destinados à realização e aquisição de bens, materiais e tecnologias.
O Telescópio Einstein será um observatório internacional de terceira geração na vanguarda da pesquisa física e astronômica. A Itália oficializou sua candidatura em novembro passado.
"A vontade de realizar o Telescópio Einstein na Itália foi fortemente apoiada pelo governo. É uma escolha estratégica para um país que desejamos cada vez mais ambicioso", observou a ministra da Universidade e Pesquisa, Anna Maria Bernini.
"A Itália é líder na Europa em física, com a presença de muitas excelências científicas. Estamos convencidos de que o projeto contribuirá decisivamente para o desenvolvimento de um ecossistema de pesquisa e inovação cada vez mais atrativo", destacou a ministra.
Já o presidente do Instituto Nacional de Física Nuclear afirmou que a candidatura é a mais sólida, e agradeceu o apoio do governo a "esta grande empreitada científica, que revolucionará o estudo do nosso universo, permitindo alcançar lugares e tempos até então inexplorados".
"O Telescópio Einstein é uma oportunidade única não apenas para a ciência e o conhecimento, mas também para o nosso país.
Se conseguirmos vencer a dura competição internacional, a Sardenha estará no centro da pesquisa mundial e poderá atrair recursos e pesquisadores de toda a Europa para o seu território", garantiu Antonio Zoccoli.
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