(ANSA) - A fabricante de Peregrine, o primeiro módulo de pouso lunar de uma empresa privada, admitiu nesta terça-feira (9) que não há mais a possibilidade de um pouso suave do “lander” na Lua.
"Peregrine está atualmente operacional há 32 horas. Durante a noite, a equipe enfrentou outro problema de apontamento em direção ao Sol que reduziu a produção de energia. No entanto, os técnicos conseguiram atualizar o algoritmo de controle, resolvendo a situação”, disse a companhia no X, antigo Twitter.
"As baterias estão totalmente carregadas. Dada a perda de um propulsor, infelizmente, não há nenhuma chance de um pouso suave na Lua".
O propulsor remanescente, no entanto, é suficiente para continuar a guiar o veículo por mais 40 horas.
"A equipe continua trabalhando para encontrar maneiras de estender a vida operacional de Peregrine, enquanto os controles e as atividades relacionadas às cargas científicas a bordo prosseguem, assim como a coleta de dados úteis para a missão do próximo lander lunar, Griffin”, conclui a nota.
A missão Cert-1, que mirava pela primeira vez levar um veículo construído por uma empresa privada à Lua, foi lançada nesta segunda-feira (8) na Flórida, mas teve a comunicação interrompida repentinamente com o centro de controle na Terra.
A sonda Peregrine, com dois metros de altura e dois metros e meio de largura, pode transportar cargas de 90 quilos. Ao todo, foram colocadas 21 cargas a bordo que pertencem aos sete países participantes da missão: Estados Unidos (14), México (1), Reino Unido (1), Hungria (1), Alemanha (2), Japão (1) e Seychelles (1).
Algumas delas têm um valor simbólico, como a moeda dedicada à Lua carregada com um bitcoin e a cópia do Genesis Block, o primeiro bloco de bitcoin a ser extraído.
As obras do projeto MoonArk da Carnegie Mellon University e duas nanolitografias do artista italiano Alessandro Scali, posicionadas em dois chips, são dedicadas à arte.
Por fim, existem cápsulas que contêm cinzas humanas por iniciativa da empresa Celestis e Elysium Space.
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