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Bienal de Arte de Veneza cria 'Praça Ucrânia'

Bienal de Arte de Veneza cria 'Praça Ucrânia'

Instalação foi projetada para dar voz a artistas ucranianos

VENEZA, 18 abril 2022, 14:16

Redação ANSA

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Curadores do pavilhão da Ucrânia na 59ª Exposição Internacional de Arte participaram da criação da 'Praça ' nos Jardins da Bienal de Veneza © ANSA/Divulgação/Biennale Venezia

A Bienal de Veneza apresentou a "Praça Ucrânia", um espaço para dar voz aos artistas do país em guerra e que deve se tornar um dos destaques da 59ª Exposição Internacional de Arte.

A instalação foi projetada pela arquiteta ucraniana Dana Kosmina e está no Spazio Esedra dos Jardins da Bienal sob curadoria de Borys Filonenko, Lizaveta German, Maria Lanko (todos curadores do pavilhão da Ucrânia no evento). O espaço conta ainda com a colaboração da Ukrainian Emergency Art Fund e da Victor Pinchuk Foundation.

Além de dar espaço para os ucranianos ou para aqueles que "querem exprimir solidariedade com a população ucraniana após a invasão brutal por parte do governo russo", a ideia da "Praça" é criar ainda um espaço que possa servir como um local de debate e apoio à cultura ucraniana.

O presidente da Bienal, Roberto Cicutto, afirmou que a reação de toda a organização assim que a guerra começou, em 24 de fevereiro, "foi imediata" e que "a nossa instituição deu apoio aos artistas e aos curadores".

"Para reconfirmar a colaboração entre as nossas instituições e as instituições ucranianas, Cecilia Alemani [curadora da 59ª Exposição] e os curadores do Pavilhão da Ucrânia uniram esforços para projetar a 'Praça Ucrânia', um espaço dedicado aos artistas ucranianos e a sua resistência à agressão", acrescentou Cicutto.

Alemani, por sua vez, afirmou que "em tempos de guerras brutais, como aquela que a Ucrânia está vivendo, parece quase impossível pensar a arte".

"Mas, talvez aquilo que a longa história da Bienal nos ensinou é que essa instituição está apta a ser um espaço de conversação, uma praça na qual o diálogo pode seguir adiante e na qual a arte pode surgir como instrumento para colocar em discussão a própria noção de identidade nacional e de política", pontuou a curadora.

Para Alemani, em seus 127 anos de história, o evento "registrou os tremores e as revoluções da história como um sismógrafo". A Bienal de Arte segue até o dia 27 de novembro deste ano.
   

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