(ANSA) - A figura da "mamma italiana", tão implacável como amorosa e que tenta colocar ordem na mesquinhez de uma companhia de teatro, é abordada na ópera "Viva la Mamma! As conveniências e inconveniências teatrais", em cartaz no Teatro Coliseo, de Buenos Aires.
Trata-se de uma produção do Teatro Colón e de um revival da temporada de 2022, com direção musical de Javier Mas, direção de cena de Pablo Maritano e cenografia de Nicolás Boni.
A proposta faz parte da Divina Itália, uma colaboração entre o Teatro Colón com a Embaixada da Itália na Argentina e o Instituto Italiano de Cultura de Buenos Aires para mostrar o legado da arte musical italiana.
A primeira apresentação foi realizada na última quarta (24), com música de Gaetano Donizetti, livreto em italiano de Domenico Gilardoni, baseado nas obras de Antonio Simeone Sografi.
A obra conta a história de um pequeno teatro provinciano, em que uma companhia de ópera tenta ensaiar uma nova peça chamada "Romolo ed Ersilia", um melodrama romano "a la Pietro Metastasio" (libretista e poeta italiano, um dos maiores escritores de ópera do século 18). Mas o ar de divindade dos integrantes, sua mesquinhez e inveja, além de ridículas lutas de poder, fazem o trabalho do libretista e compositor impossível.
Em meio a essas dificuldades, chega a matriarca da "seconda dona" da ópera, uma cantora aposentada, absolutamente inconformada com o pouco protagonismo que se dá a sua filha.
Perante as ameaças da mãe, os autores e o produtor se veem obrigados a redistribuir os papeis principais, piorando assim os resultados. Ante a iminente estreia catastrófica, só um milagre poderá salvá-los. (ANSA)
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