(ANSA) - O filme "Maestro", uma cinebiografia do compositor Leonard Bernstein, foi apresentado neste sábado (2) no Festival de Cinema de Veneza em meio a uma polêmica pela caracterização do ator e diretor norte-americano Bradley Cooper.
Na produção, Cooper aparece com uma prótese no nariz para ficar mais parecido com Bernstein, provocando críticas por estar pesadamente maquiado para ficar com "cara de judeu".
Hoje, a filha mais velha do maestro, Jamie, disse que a representação feita por Cooper respeita seu pai. "Eu, com [meus irmãos] Nina e Alex, conhecemos Bradley, entendemos seu trabalho e confiamos, abrindo nossa casa e nosso arquivo. Fomos retribuídos porque tudo neste filme tem gosto de amor e respeito por ele e pela nossa mãe Felícia", afirmou ela.
De acordo com a mulher de 70 anos, "não há nada que não seja respeitoso, inclusive na aparência".
Por sua vez, o maquiador do filme, Kazu Hiro, disse estar surpreso com a polêmica. "Lamento se magoei os sentimentos de algumas pessoas, mas esta representação tinha que ser a mais autêntica possível. Há muitas imagens dele e tivemos que respeitá-las sem comprometer", acrescentou Hiro.
Cooper, que também dirigiu o filme, e sua co-estrela Carey Mulligan, não estão em Veneza para apresentar o filme devido à greve contínua de atores e roteiristas de Hollywood.
O longa é uma poderosa viagem musical e emocional ao mundo do maestro, compositor, professor, pianista Bernstein entre as suas contradições musicais e a bulimia, além de sua bissexualidade.
"Não é um filme biográfico clássico por causa da singularidade da pessoa. Não é uma biografia mas sim uma história de amor, uma linda homenagem aos meus pais e à música do meu pai", concluiu.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA