(ANSA) - O Conselho dos Ministros da Itália aprovou nesta quarta-feira (31) o projeto de lei para a criação de um museu para homenagear e recordar as milhares de vítimas do Massacre das Foibe, que matou entre cinco mil e 17 mil pessoas.
Uma das maiores tragédias do país ligada à sua participação na Segunda Guerra Mundial, o massacre aconteceu em 1947.
Na ocasião, a ex-Iugoslávia desejava anexar a região de Friuli-Venezia Giulia, mas todos os contrários a isso eram assassinados pelo Exército do marechal Josip Broz, então premiê da nação eslava.
Além disso, milhares de pessoas que não se adaptavam ao novo regime, principalmente de Trieste, da Dalmácia e da Ístria, as últimas duas atualmente na Croácia, foram deportadas pelas Forças Armadas da Iugoslávia.
"A criação do museu é um dever histórico para com os que sofreram sob a ditadura comunista de Tito. Estas tragédias não devem ser esquecidas. São uma parte importante da história italiana e devem ser conhecidas e compreendidas pelas novas gerações", disse o ministro da Cultura da Itália, Gennaro Sangiuliano.
O Museu da Memória ficará em Roma e custará por volta de oito milhões de euros para ser construído. As obras estão previstas para ser concluídas em 2026.
O estudo prevê que a estrutura custará cerca de 50 mil euros por ano para seu funcionamento.
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