(ANSA) - Marina Berlusconi, filha do ex-premiê da Itália Silvio Berlusconi, negou nesta quarta-feira (13) que o conglomerado de mídia Mediaset da família esteja à venda.
A declaração rebate indiretamente as palavras do empresário Carlo De Benedetti ditas durante entrevista ao jornal "Foglio".
Na ocasião, ele fez críticas e afirmou que "Marina sabe muito bem que a Mediaset é uma empresa antiga que não resistirá à concorrência de grandes plataformas internacionais, como a Netflix. No entanto, ela não vende porque é criação de seu pai".
"É verdade que a Mediaset não está à venda, e é verdade que sou apaixonada pelo meu pai. Não poderia ser de outra forma, pelo grande pai e pelo grande homem que ele foi", declarou ela em nota.
Segundo Marina, De Benedetti, considerado antigo rival de Berlusconi, "se permite a reclamar do futuro da Mediaset e das razões pelas quais não temos intenção de coloca-la à venda".
"Quero tranquilizá-lo: o que nos guia nas nossas escolhas para as empresas do grupo é antes de mais nada a sua solidez, estratégias claras, excelentes perspectivas de futuro e o fato de serem muito bem geridas", enfatizou ela, acrescentando que o empresário nunca conseguiu se igualar ao seu pai.
Para a filha do ex-premiê italiano, falecido em 12 de junho deste ano, "a preocupação de Carlo De Benedetti é que Silvio Berlusconi represente tudo o que ele sempre quis ser, sem nunca ter conseguido, como empresário, como político e como pai".
Marina convidou o histórico rival de seu pai a "falar com um pouco mais de respeito sobre as suas empresas e talvez fazer algumas notas tardias sobre como gerir um negócio".
"A Mediaset, mencionada na entrevista, é uma multinacional líder em vários mercados europeus, que produz lucros e onde muitas pessoas, a começar pelo meu irmão Pier Silvio, trabalham com entusiasmo e grande paixão", acrescentou ela.
Por fim, a executiva questionou: "O que De Benedetti construiu em vez disso? Parece-me que ele destruiu principalmente, descarregando seus muitos fracassos na comunidade. Ou precisamente no nosso grupo, com a indenização absurda de quase 500 milhões de euros, que literalmente o salvou em 2013", lembrou.
De Benedetti recebeu uma indenização milionária após a justiça italiana condenar o grupo Fininvest, propriedade de Berlusconi, a pagar 560 milhões de euros por danos e prejuízos ao seu grupo CIR por ter se apoderado, nos anos 90, do grupo editorial Mondadori, cuja aquisição por parte do ex-premiê teria sido feita através de suborno de juízes do caso.
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