(ANSA) - O Brasil já anunciou US$ 30 bilhões (R$ 150 bilhões) em projetos de hidrogênio verde, aposta do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para atrair investimentos estrangeiros e colocar o país em posição de liderança na transição energética.
O número foi apresentado pelo Ministério de Minas e Energia durante uma reunião com o setor privado para apresentação do plano trienal do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2).
"O desenvolvimento do hidrogênio de baixo carbono no Brasil trará maior segurança energética, criará novos empregos, contribuirá para a descarbonização da indústria e dos transportes e ajudará a criar um mercado internacional desse vetor da ordem de bilhões de dólares", disse o ministro Alexandre Silveira durante o evento.
Segundo ele, o PNH2 é "fundamental na estratégia do Brasil para liderar a transição energética no mundo". "Temos recursos energéticos em diversidade e abundância, solidez institucional, estabilidade política e capacidade de investimentos em desenvolvimento tecnológico. Não é à toa que já registramos cerca de US$ 30 bilhões em projetos anunciados em hidrogênio de baixo carbono no país", reforçou Silveira.
Já o o secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia, Thiago Barral, afirmou que o país tem potencial para produzir 1,8 gigatonelada de hidrogênio por ano.
A maior parte dos projetos já anunciados no Brasil está concentrada em estados litorâneos, o que facilita a exportação para outros mercados, como a União Europeia, que prometeu recentemente 2 bilhões de euros (R$ 10,8 bilhões) em investimentos em hidrogênio de baixo carbono no país.
O hidrogênio verde é um subproduto da decomposição da água a partir de eletricidade gerada por fontes renováveis e é conhecido como "combustível do futuro". O gás já é amplamente utilizado em processos industriais, mas, atualmente, sua produção é feita majoritariamente a partir de fontes poluentes. (ANSA)
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