(ANSA) - O governo da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, disse quinta-feira (21) que apresentará dentro de sete meses um cronograma para o possível retorno ao uso da energia nuclear no país.
Após a primeira reunião da nova "Plataforma Nacional para Energia Nuclear Sustentável", o Ministério do Meio Ambiente e Segurança Energética afirmou que o roteiro vai especificar ações, investimentos e prazos.
A Itália fechou suas centrais nucleares em 1990, fruto de um plebiscito sobre energia atômica realizado em 1987, na esteira do desastre de Chernobyl, na então União Soviética, no ano anterior.
No entanto, membros do governo Meloni têm defendido o fim da proibição, uma vez que a energia nuclear produz baixa emissão de gases do efeito estufa, apesar dos potenciais riscos em caso de vazamentos.
O país também vem buscando formas de aumentar sua segurança energética em função da invasão russa à Ucrânia, que provocou uma disparada nos preços do gás natural. "A Itália não pode perder tempo", disse o vice-premiê e ministro da Infraestrutura e dos Transportes, Matteo Salvini, um dos principais defensores do retorno à energia nuclear.
Já o ministro do Meio Ambiente, Gilberto Pichetto Fratin, descartou a hipótese de o país construir usinas nucleares de grande porte. A tendência, segundo ele, é dar preferência a "tecnologias inovadoras" e plantas menores.
Durante a reunião, um grupo de cerca de 10 ativistas protestou diante do Ministério do Meio Ambiente, com uma faixa afirmando que a energia nuclear "não salvará" o país. "Vamos desligar os aparelhos desse sistema. Ecorresistência", afirmaram os manifestantes. (ANSA)
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