O ouro não veio, mas a Itália faturou nesta terça-feira (15) duas históricas medalhas no downhill feminino com as esquiadoras Sofia Goggia e Nadia Delago. Com essas conquistas, o número de pódios do país europeu nas Olimpíadas de Inverno de Pequim, na China, subiu para 13.
Goggia não conseguiu defender seu ouro olímpico, mas a prata foi uma importante medalha, tendo em vista todo o drama que precisou passar para estar competindo na capital chinesa. A italiana se recuperou de uma grave lesão no joelho em menos de 30 dias e ficou atrás somente da suíça Corinne Suter.
A medalha de Goggia veio exatamente 23 dias depois da sua queda em Cortina d'Ampezzo, na Itália, que quase a tirou dos Jogos Olímpicos de Inverno. A esquiadora precisou passar por intensas baterias de fisioterapia e treinamentos específicos.
"É uma grande medalha! Não estava nem garantido que eu estaria aqui, mas dei tudo o que pude e estou feliz com meu resultado. Eu encontrei uma força incrível dentro de mim e estava viajando com algum tipo de luz, estou muito contente. É um conto de fadas que eu consegui acreditar, porque depois da lesão parecia que meu sonho tinha virado fumaça", comentou Goggia.
Delago, por sua vez, subiu no pódio logo em sua primeira participação nas Olimpíadas de Inverno. A esquiadora de 24 anos de idade afirmou que esse foi o "melhor dia" da carreira.
"É o melhor dia da minha carreira. Estou feliz, tenho que agradecer a todos que me ajudaram a conquistar essa medalha. Eu sonhava em participar dos Jogos, mas ganhar uma medalha parecia muito distante", celebrou a esquiadora.
Essa foi a primeira vez na história em que dois italianos dividem o pódio olímpico em uma prova de downhill. Com 13 medalhas conquistadas em Pequim, o país europeu igualou a campanha da edição de 2002 do megaevento esportivo, que aconteceu em Salt Lake City, nos Estados Unidos.
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