O chefe de equipe da Ferrari, Mattia Binotto, defendeu neste sábado (26) a decisão da Fórmula 1 de manter o Grande Prêmio da Arábia Saudita apesar do ataque de rebeldes do Iêmen contra instalações da petroleira Aramco a poucos quilômetros do circuito de rua de Jidá.
"Foi uma longa noite, mas devemos nos concentrar nos fatos. Não é a primeira vez que episódios do tipo acontecem aqui, infelizmente", reconheceu Binotto. No entanto, ele destacou que a F1 deve tentar "transmitir uma mensagem positiva".
"É um dever nosso estar aqui, e estou certo de que tudo será melhorado para o futuro. Recebemos garantias do governo e das autoridades e as explicamos aos pilotos. Acho que eles entenderam que é certo estar aqui e que seria errado deixar o país", acrescentou o chefe da Ferrari.
Segundo Binotto, ninguém na equipe italiana expressou o desejo de ir embora. O ataque contra as instalações da Aramco em Jidá foi reivindicado por rebeldes houthis e ocorreu na última sexta-feira, provocando uma nuvem de fumaça negra perto do circuito.
A noite foi marcada por longas reuniões entre pilotos, chefes de equipe e representantes da F1 e da Federação Internacional do Automóvel (FIA). "Após o incidente ocorrido em Jidá na sexta, houve extensas discussões entre as partes interessadas, as autoridades do governo saudita e agências de segurança, que nos deram garantias completas e detalhadas de que o evento é seguro", diz um comunicado da Fórmula 1 e da FIA.
A Aramco é uma das empresas mais valiosas do mundo e principal patrocinadora da F1 na temporada. Apesar de ter capital aberto, a petroleira é controlada pelo regime saudita, que há anos mantém uma intensa campanha de bombardeios no Iêmen para derrotar rebeldes houthis que, apoiados pelo Irã, derrubaram o governo sunita aliado de Riad. (ANSA)
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