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'É dever estar aqui', diz chefe da Ferrari após ataque em Jidá

'É dever estar aqui', diz chefe da Ferrari após ataque em Jidá

Binotto defendeu decisão de manter GP da Arábia Saudita

ROMA, 26 março 2022, 12:21

Redação ANSA

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Mattia Binotto no circuito de rua de Jidá, na Arábia Saudita - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

O chefe de equipe da Ferrari, Mattia Binotto, defendeu neste sábado (26) a decisão da Fórmula 1 de manter o Grande Prêmio da Arábia Saudita apesar do ataque de rebeldes do Iêmen contra instalações da petroleira Aramco a poucos quilômetros do circuito de rua de Jidá.

"Foi uma longa noite, mas devemos nos concentrar nos fatos. Não é a primeira vez que episódios do tipo acontecem aqui, infelizmente", reconheceu Binotto. No entanto, ele destacou que a F1 deve tentar "transmitir uma mensagem positiva".

"É um dever nosso estar aqui, e estou certo de que tudo será melhorado para o futuro. Recebemos garantias do governo e das autoridades e as explicamos aos pilotos. Acho que eles entenderam que é certo estar aqui e que seria errado deixar o país", acrescentou o chefe da Ferrari.

Segundo Binotto, ninguém na equipe italiana expressou o desejo de ir embora. O ataque contra as instalações da Aramco em Jidá foi reivindicado por rebeldes houthis e ocorreu na última sexta-feira, provocando uma nuvem de fumaça negra perto do circuito.

A noite foi marcada por longas reuniões entre pilotos, chefes de equipe e representantes da F1 e da Federação Internacional do Automóvel (FIA). "Após o incidente ocorrido em Jidá na sexta, houve extensas discussões entre as partes interessadas, as autoridades do governo saudita e agências de segurança, que nos deram garantias completas e detalhadas de que o evento é seguro", diz um comunicado da Fórmula 1 e da FIA.

A Aramco é uma das empresas mais valiosas do mundo e principal patrocinadora da F1 na temporada. Apesar de ter capital aberto, a petroleira é controlada pelo regime saudita, que há anos mantém uma intensa campanha de bombardeios no Iêmen para derrotar rebeldes houthis que, apoiados pelo Irã, derrubaram o governo sunita aliado de Riad. (ANSA)

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