O Tribunal Criminal da Suíça absolveu Joseph Blatter e Michel Platini, ex-presidente da Fifa e ex-líder da Uefa, respectivamente, das acusações de fraude e falsificação de documentos nesta sexta-feira (8).
O juiz rejeitou o pedido da Procuradoria local de um ano e oito meses de detenção para ambos, com pena suspensa, feito no último dia 15 de junho. Os ex-dirigentes sempre se declararam inocentes.
Platini respondia por ter supostamente recebido de maneira ilegal, pagos pela Fifa presidida por Blatter, 2 milhões de francos suíços - um bônus após o período em que o francês serviu de consultor para a entidade.
Blatter sempre sustentou a tese de que havia um "acordo de cavalheiros entre os dois" e que esse bônus seria pago assim que as "frágeis contas" da Fifa fossem estabilizadas. Ambos reconheceram que não havia nenhum documento assinado.
Formalmente, o suíço foi acusado de fraude, falsificação de documentos e apropriação indébita. Já Platini respondia por ter cooperado e participado desses crimes em um processo que se arrastou por cerca de seis anos.
Depois da decisão judicial, Platini publicou uma nota oficial em que afirma ter vencido "uma primeira partida" e que pretende continuar "em sua luta contra a injustiça". "Há culpados que não estavam presentes durante o processo. Podem acreditar, nós vamos nos reencontrar", pontuou ainda.
O francês afirmou que "é muito difícil superar, aos 65 anos, o status de ser um pária, sobretudo quando o que acontece com você é totalmente injusto".
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