O italiano Mario Ferri, torcedor que invadiu o campo do estádio Lusail com uma bandeira com as cores da comunidade LGBTQIA+, foi liberado pela polícia do Catar.
Além de exibir a bandeira, o jovem, muito conhecido como "Il Falco" ("O Falcão", em português), também vestia uma camiseta em protesto pela Ucrânia e a favor das mulheres iranianas.
Nenhuma medida teria sido tomada pelas autoridades da península arábica contra o invasor italiano, que já foi visto na semifinal entre Alemanha e Espanha, na Copa do Mundo de 2010, e no duelo entre Estados Unidos e Bélgica, no Mundial de 2014.
Em seu perfil no Instagram, Ferri publicou imagens de dentro do estádio que recebia a partida entre Portugal e Uruguai. A invasão ocorreu no início da etapa inicial e paralisou o duelo por menos de um minuto.
Ferri foi contido pelos seguranças cerca de 30 segundos depois de sair correndo na frente dos jogadores. Após ter sido derrubado, o italiano foi escoltado para fora do gramado.
Essa foi a primeira manifestação do tipo que ocorreu na Copa do Catar, mesmo depois de todas as polêmicas em que o pequeno emirado se envolveu sobre respeito aos direitos e tratamento das pessoas da comunidade LGBTQIA+.
"Sabemos o que está acontecendo em torno desta Copa do Mundo. Estamos com o Irã e as mulheres do país. Espero que nada aconteça com esse cara porque entendemos a mensagem dele, e acho que o mundo também entende", comentou Rúben Neves, meio-campista de Portugal.
Mesmo que a Fifa tenha afirmado que bandeiras ou roupas com as cores do arco-íris seriam toleradas, há relatos que elas já foram confiscadas diversas vezes pelas forças de segurança locais.
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