(ANSA) - O governo da Espanha garantiu nesta sexta-feira (25) que vai suspender Luis Rubiales da presidência da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), após uma semana de fortes críticas pelo beijo na boca forçado na jogadora Jenni Hermoso.
Ao contrário do que muitos jornais diziam, o dirigente se recusou a renunciar ao cargo. Em vez disso, Rubiales colocou ainda mais lenha na fogueira durante uma reunião extraordinária da assembleia geral da entidade.
"Acham que isso foi tão grave que eu deveria ir embora, depois da melhor gestão da história do futebol espanhol? Não vou renunciar! Basta um beijo consensual para me tirar daqui? Vou lutar até o fim. Foi um beijo espontâneo, mútuo, eufórico e consensual", declarou o dirigente.
Rubiales apontou que a pressão recebida ao longo da semana de políticos, clubes e jogadores foi uma tentativa de "assassiná-lo publicamente". O líder da RFEF acrescentou dizendo que se defenderá "tomando medidas" contras essas pessoas.
Falando em nome do governo espanhol, o presidente do Conselho Superior Esportivo, Víctor Francos, garantiu que vai suspender Rubiales de suas funções.
"Rubiales, aos olhos do governo, não estava à altura da situação, não fez o que deveria ter feito. O governo pretende agir", disse.
O primeiro-ministro do país ibérico, Pedro Sánchez, definiu o posicionamento do presidente da RFEF como "insuficiente e inadequado", enquanto a vice-premiê, Yolanda Diaz, pediu a renúncia de Rubiales.
O atacante Borja Iglesias, do Real Betis, se posicionou ao dizer que não jogará mais pela seleção espanhola enquanto Rubiales permanecer na presidência da entidade máxima do futebol do país. Já o técnico Luis Enrique, do PSG, rasgou elogios ao cartola afirmando que ele fez um trabalho "excepcional".
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