(ANSA) - Após sentença do Tribunal de Justiça da União Europeia, a empresa de marketing responsável pelo projeto da Superliga anunciou nesta quinta-feira (21) uma nova versão da competição, desta vez com 64 clubes divididos em três divisões, em vez de apenas 12.
A iniciativa chega poucas horas depois de uma sentença na UE declarar ilegal o monopólio da Fifa e da Uefa para autorizar a existência de torneios interclubes no bloco, alegando que essa prática é "contrária à concorrência e à livre prestação de serviços".
"A nova proposta para a Superliga é de uma estrutura construída sobre uma verdadeira pirâmide pan-europeia e composta por 64 clubes participantes em três divisões", explicou a A22, empresa responsável pelo projeto, acrescentando que o torneio "não terá membros permanentes" e que a participarão será "baseada no mérito".
"O novo formato levaria a partidas emocionantes durante todo o ano, não apenas durante parte do ano. Clubes que quase nunca jogam entre si competiriam regularmente no cenário europeu, gerando rivalidade ainda maior, ao mesmo tempo em que haveria mobilidade entre as ligas, com promoção e rebaixamento", disse o CEO da A22, Bernd Reichart.
De acordo com a proposta, a primeira (batizada como "star", ou "estrela") e segunda ("gold", ou "ouro") divisões teriam 16 clubes cada, enquanto a terceira ("blue", ou "azul") reuniria os 32 restantes.
O formato prevê uma fase inicial de grupos de oito equipes e com partidas de ida e volta disputadas entre setembro e abril.
Em seguida haveria um mata-mata com três etapas, sendo as quartas e semifinais em ida e volta e a decisão em jogo único em campo neutro.
As duas piores equipes da primeira e da segunda divisões seriam rebaixadas para o estágio inferior. Já os 20 piores times da terceira divisão seriam substituídos por outros 20, com base no desempenho nas ligas nacionais.
O objetivo da Superliga é se contrapor à Liga dos Campeões da Uefa. Para isso, a A22 propõe criar uma plataforma de streaming para transmitir todas as partidas gratuitamente, mas ainda não está claro quais clubes apoiam a iniciativa.
A Superliga inicial previa apenas 12 times (Arsenal, Atlético de Madrid, Barcelona, Chelsea, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Milan, Real Madrid e Tottenham), porém apenas Barcelona e Real Madrid permaneceram no projeto.
"Hoje é um grande dia para a história do futebol e do esporte. O futebol de clubes na Europa não será nunca mais um monopólio", celebrou Florentino Pérez, presidente do time merengue. (ANSA)
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