(ANSA) - Os médicos que cuidaram do ex-atacante italiano Luigi "Gigi" Riva afirmaram nesta terça-feira (23) que o paciente teve uma piora repentina.
Inicialmente, quando a notícia sobre a internação do ex-jogador foi veiculada por inúmeros jornais, a informação era que as condições do ídolo do Cagliari, que faleceu aos 79 anos, não eram muito graves. No entanto, o caso sofreu uma reviravolta em um curto espaço de tempo.
De acordo com Bruno Loi, diretor de cardiologia do hospital Brotzu, o ex-atleta chegou na unidade durante a madrugada com síndrome coronariana aguda.
"A situação piorou subitamente, tanto que foi necessário fazer manobras de reanimação e levá-lo ao centro cirúrgico para fazer uma angioplastia. Nestas condições é difícil conseguir reabrir as coronárias. Conseguimos apenas parcialmente, mas não foi suficiente", comentou o profissional.
Antes que seu quadro de saúde sofresse uma piora, Riva trocou as últimas palavras com Marco Corda, chefe do serviço de cardiologia do Brotzu. O médico até mencionou que Riva "estava calmo".
"Estávamos conversando sobre isso e aquilo. Ele sorria e não parava de nos agradecer. Falei que ele não precisava nos agradecer, porque estávamos ainda em dívida com ele", recordou.
Já Raimondo Pinna, diretor médico do Brotzu, explicou que o lendário ex-centroavante já sofria de "vasculopatia multidistrital".
"Propomos imediatamente uma operação de angioplastia, mas o paciente pediu tempo para pensar sobre isso e recusou. A situação havia se estabilizado, não esperávamos o que aconteceu", analisou.
Um dos melhores jogadores do futebol italiano em sua geração, Riva defendeu o Cagliari entre 1963 e 1977, tendo levado o rossoblù ao histórico Scudetto de 1969/70, o único de um time da região da Sardenha.
O ídolo também foi campeão europeu em 1968 e vice na Copa do Mundo de 1970, quando a Azzurra foi freada pelo histórico Brasil de Pelé, Rivellino, Jairzinho e Carlos Alberto Torres.
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