(ANSA) - Os ministros do Esporte dos Estados-membros da União Europeia, com exceção da Espanha, publicaram um comunicado conjunto em que criticam o projeto da polêmica Superliga Europeia.
Na nota, os políticos pediram a manutenção dos "princípios de abertura", da "igualdade de oportunidades" e do "mérito esportivo" para a entrada em competições continentais.
O comunicado, assinado por 26 ministros, não menciona explicitamente a Superliga Europeia, mas é uma clara crítica ao projeto do campeonato elitista, que visa substituir a atual Liga dos Campeões.
"Apoiamos as principais características do atual modelo europeu, em particular a estrutura piramidal, o sistema aberto de promoções e despromoções, a abordagem ascendente e solidária e papel do esporte na identidade nacional", disseram.
A Espanha, representada por Miquel Iceta, ficou de fora do grupo pelo fato de o país ter Barcelona e Real Madrid, os dois principais times da nação, como os únicos remanescentes do projeto.
A versão inicial da Superliga Europeia previa a participação apenas dos principais clubes da Espanha, da Inglaterra e da Itália, mas o projeto naufragou em um curtíssimo espaço de tempo em virtude da grande oposição de torcedores, dirigentes, times e políticos.
Os responsáveis pela ideia remodelaram a estrutura do projeto e resolveram abrir mais o leque, com 64 participantes divididos em três divisões com um sistema de acesso e rebaixamento, além da introdução de novas equipes.
O esloveno Aleksander Ceferin, presidente da Uefa, afirmou que a Superliga Europeia é como a maçã envenenada da Branca de Neve, enquanto o ministro do Esporte da Itália, Andrea Abodi, expressou a necessidade de "proteger um sistema baseado na eficiência, na concorrência leal e no respeito pelas regras financeiras".
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