(ANSA) - A natalidade na Itália bateu um recorde negativo histórico, ficando pela primeira vez abaixo dos 400 mil nascimentos em 2022, com 393 mil crianças, mostraram os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat) nesta sexta-feira (7). O país não registra aumento nos nascimentos desde 2008.
Segundo o documento, a diminuição ocorre "apenas em parte pela espontânea ou induzida renúncia de ter filhos por parte dos casais". "Na realidade, entre as causas, pesam muito tanto a queda dimensional quanto o progressivo envelhecimento da população feminina na idade convencionalmente chamada de reprodutiva (dos 15 aos 49 anos)", diz o texto.
O relatório ainda ressalta que depois de dois anos consecutivos de alta na média de filhos por mulher, houve uma nova retração em 2022, chegando a 1,24 filho. Com isso, o número se equipara ao registrado em 2020. A idade média do parto das italianas é de 32,4 anos.
Apesar da maior taxa de fecundidade ser registrada no norte italiano, na região do Trentino-Alto Ádige, uma das mais ricas do país, com 1,51 filho por mulher, o norte (1,26) e o centro (1,19) italianos registraram quedas na média geral. Apenas o sul, área conhecida como Mezzogiorno, teve uma leve alta - de 1,25 para 1,26.
O relatório ainda apontou um aumento na mortalidade de crianças, que subiu para 12 a cada mil habitantes.
O documento do Istat confirmou outros dados que haviam sido divulgados em prévias, como a queda na população residente para 58,8 milhões de pessoas, uma retração de 179 mil em relação a 2021. O dado, porém, reduziu de maneira menos intensa do que o que foi visto em 2020 e 2021.
A expectativa de vida dos italianos ao nascer é de 82,6 anos, sendo 80,5 para os homens (alta de dois meses) e de 84,8 anos para as mulheres (número que permaneceu o mesmo). Além disso, a Itália tem cerca de 22 mil ultracentenários, em número que triplicou nos últimos 20 anos.
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