(ANSA) - O Ministério Público de Prato abriu um processo nesta quinta-feira (28) para apurar a polêmica envolvendo a influenciadora italiana Chiara Ferragni e a empresa Balocco, fabricante do pandoro, por prática comercial desleal na promoção de uma campanha beneficente.
A medida foi anunciada por jornais locais e tem como objetivo adquirir elementos sobre o caso, após a procuradora em exercício Laura Canovai receber uma denúncia que a associação de consumidores Codacons apresentou às autoridades judiciais de diversas cidades italianas.
Na denúncia, a Codacons levanta a hipótese do crime de fraude agravada em prejuízo dos consumidores, que foram levados a acreditar que "ao adquirir o Pandoro Pink Christmas, eles teriam contribuído para a doação ao hospital Regina Margherita de Turim, na realidade já feita apenas pela Balocco, e que, ao adquirir o pandoro, eles poderiam ajudar para a doação".
Além disso, destaca que Ferragni teria participado diretamente na doação, circunstâncias que foram consideradas falsas.
Ferragni, uma das personalidades mais famosas da Itália, foi multada em pouco mais de 1 milhão de euros por prática comercial desleal na promoção de um pandoro para caridade. A sanção foi aplicada pela Autoridade de Tutela das Comunicações e do Mercado, órgão antitruste italiano, contra duas empresas de Ferragni: Fenice (400 mil euros) e TBS Crew (675 mil euros). Já a Balocco, fabricante do bolo natalino, foi multada em 420 mil euros (R$ 2,3 milhões).
A punição refere-se a uma denúncia apresentada pela Codacons contra a campanha de uma linha de pandoro chamada "Pandoro Pink Christmas" e associada à influenciadora no fim de 2022.
A peça publicitária fazia acreditar que os recursos arrecadados com a venda do bolo natalino seriam repassados ao Hospital Regina Margherita, em Turim. No entanto, o órgão antitruste apurou que, na verdade, a doação - 50 mil euros - já tinha sido feita pela Balocco meses antes da campanha.
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