O governo italiano disse nesta quarta-feira (2) que está "pronto" para tomar qualquer decisão necessária para garantir a segurança de seus cidadãos no Líbano e trabalha para aumentar os voos de repatriação.
A declaração foi dada pelo vice-premiê e chanceler da Itália, Antonio Tajani, aos comitês de Relações Exteriores e Defesa da Câmara Baixa e do Senado em meio ao aumento da tensão na guerra no Oriente Médio.
"Estamos prontos para tomar qualquer iniciativa para garantir a segurança de nossos compatriotas", declarou ele, lembrando que "há muito tempo" pede a todos os cidadãos italianos que deixem o Líbano com os voos comerciais disponíveis.
Segundo Tajani, o governo da premiê Giorgia Meloni está trabalhando para atender às solicitações [dos cidadãos] por meio de um aumento nas conexões, incluindo voos fretados e outros meios que estão sendo examinados junto com o ministro da defesa", Guido Crosetto.
O chanceler observou ainda que cerca de 3,2 mil italianos estão atualmente no Líbano, sendo a maioria com dupla cidadania.
Por sua vez, Crosetto reforçou que uma ação rápida e eficaz da Organização das Nações Unidas (ONU) é necessária para que a Força Interina da ONU no Líbano comece a agir verdadeiramente.
"Nós relatamos a necessidade de uma ação rápida e impactante da ONU para que a Unifil possa exercer uma real dissuasão ao uso da força, contemplando a possibilidade de também operar autonomamente, mesmo sem forças libanesas", observou o ministro da Defesa da Itália, acrescentando que "ou há forças da ONU no sul do Líbano ou soldados israelenses e a diferença é clara para todos".
Além disso, Crosetto também disse que a Itália está pronta para evacuar italianos do Líbano, se necessário, e acrescentou que o "nível de risco para nossos militares não aumentou porque eles não são alvos de ataques diretos".
"No entanto, a situação é muito difícil e preocupante devido à possibilidade de incidentes indesejados que não podem ser descartados", concluiu.
A Itália tem mais de mil tropas na Força Interina das Nações Unidas no Líbano, que soma quase 10,5 mil soldados no total.
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