O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, garantiu que "todo o poder militar" do país, incluindo o uso de armas nucleares, será usado sem hesitação caso inimigos ataquem seu território.
O alerta foi dado na última segunda-feira (7) durante um discurso em uma universidade local, quando o mandatário disse que a constituição do país "dará uma ordem estrita aos militares" para agirem se forem provocados, sem dar detalhes, segundo relatório da KCNA.
A ameaça foi feita no dia em que Pyongyang deveria ter aberto a sessão parlamentar para rever sua constituição e consolidar Seul como o "inimigo principal".
O alerta de Kim, no entanto, veio seis dias após o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, ter alertado que o vizinho do norte enfrentaria "o fim do seu regime" se tentasse usar armas nucleares contra a aliança entre Coreia do Sul e Estados Unidos.
O norte-coreano chamou Yoon de "homem anormal" por falar de ações militares contra o seu país, que "está equipado com armas nucleares", garantindo que não medirá esforços para transformar o país em uma "superpotência militar e nuclear".
Kim ainda reforçou que no momento em que a aliança Seul-Washington "foi completamente transformada em uma aliança nuclear, a resposta da nação deve ser concluída a uma altura que não tenha limites".
Em seu discurso, o líder também rebateu a ideia de que a Coreia do Sul e a do Norte são "dois Estados hostis um ao outro".
"Falávamos sobre a liberação do sul ou sobre a unificação pela força. Agora não nos importamos, porque somos dois Estados separados. Não temos intenção de atacar a República da Coreia [do Sul] e é perturbador até mesmo estar ciente [da existência] daquele país", acrescentou Kim.
Em setembro, os norte-coreanos anunciaram a existência de uma central de enriquecimento de urânio, deixando claro que Pyongyang não pretende renunciar ao seu arsenal atômico.
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