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Freira brasileira vence prêmio da ONU por proteção a refugiados

Freira brasileira vence prêmio da ONU por proteção a refugiados

De origem italiana, Rosita Milesi atua nessa causa desde 1989

SÃO PAULO, 10 de outubro de 2024, 11:26

Por Lucas Rizzi

ANSACheck
Rosita Milesi, vencedora do Prêmio Nansen em 2024 © ANSA/Acnur/Marina Calderón

Rosita Milesi, vencedora do Prêmio Nansen em 2024 © ANSA/Acnur/Marina Calderón

Uma freira e advogada brasileira descendente de imigrantes italianos do Vêneto é a vencedora global em 2024 do Prêmio Nansen, concedido anualmente pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) a pessoas que tenham se destacado na proteção a indivíduos deslocados por conflitos ou perseguições.
    Trata-se da gaúcha Rosita Milesi, 79, membro da Congregação das Irmãs Scalabrinianas e fundadora e atual diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), além de membro observadora do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare).
    "Que esse reconhecimento seja em favor dos refugiados e refugiadas que pude atender ao longo da vida. Eu não teria condições de receber esse prêmio se não fosse por suas lições de esperança, solidariedade e fé", disse a irmã Rosita em entrevista à ANSA.
    Ela é apenas a segunda brasileira na história a conquistar o Prêmio Nansen, juntando-se ao cardeal Paulo Evaristo Arns, ganhador em 1985.
    Nascida e criada em uma família humilde de Farroupilha, no interior do Rio Grande do Sul, a religiosa é bisneta de italianos das províncias de Belluno e Vicenza, no Vêneto, história comum para milhares de ítalo-descendentes no Brasil.
    Aos nove anos de idade, recebeu autorização dos pais para viver em um internato das Scalabrinianas, congregação que nasceu para atender e acompanhar imigrantes nas Américas nos séculos 19 e 20.
    A partir daí, o caminho para trabalhar com refugiados foi natural para irmã Rosita, que formou-se em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e fez mestrado em migração e refúgio na Universidade Pontifícia Comillas em Madri, na Espanha.
    A religiosa dedica-se a essa causa desde 1989 e, no comando do IMDH, ajudou milhares de pessoas em movimento a obter abrigo, alimentação, cuidados de saúde, aulas de idiomas, empregos e documentação no Brasil. Além disso, seu trabalho como advogada contribuiu para a Lei de Refugiados de 1997, que adequou a legislação brasileira a padrões internacionais no tema.
    "A questão humanitária precisa ser mais difundida e acolhida seja por quem for. O que deveria nortear essa questão é a compaixão, e o papa Francisco insiste muito nisso. São pessoas com capacidade, potencial positivo, esperança, resiliência, elementos que devem ser cada vez mais valorizados como uma riqueza da humanidade", salientou a freira.
    E se hoje o Brasil conta com uma rede bem estruturada de acolhimento a deslocados internacionais, bem como uma legislação reconhecidamente progressista, a crise climática deve criar novos desafios.
    "As organizações manifestam reiteradamente as preocupações com os refugiados climáticos. Eles não são refugiados segundo a lei, mas o são na prática", afirmou Rosita, alertando para o excesso de lentidão dos maiores algozes da natureza para "rever seu comportamento, em geral baseado na economia, no dinheiro e no poder".
    "Os refugiados climáticos são muitos, e muitos deles não são refugiados no sentido literal porque não saem do próprio país, mas vivem a situação de refugiados em 90%. O Rio Grande do Sul nos deu um exemplo disso", acrescentou.
    A entrega do Prêmio Nansen será realizada em 14 de outubro, em Genebra, na Suíça, e a honraria também laureou quatro vencedoras regionais, todas elas mulheres: a ativista de Burkina Fasso Maimouna Ba (África), a empreendedora síria Jin Davod (Europa), a refugiada sudanesa Nada Fadol (Oriente Médio e Norte da África) e a ativista nepalesa Deepti Gurung (Ásia-Pacífico).
   
   

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