Um dirigente de alto escalão do Hamas afirmou nesta sexta-feira (18) que o grupo palestino "não pode ser eliminado" com a morte de seus líderes, na esteira da operação militar de Israel que tirou a vida do comandante da organização, Yahya Sinwar, mentor dos atentados de 7 de outubro de 2023.
Em declaração publicada pela agência AFP, Basem Naim, membro sênior do escritório político do Hamas, citou diversos líderes mortos no passado e afirmou que seus falecimentos impulsionaram a popularidade do grupo entre os palestinos.
"O Hamas é um movimento de libertação guiado por pessoas que buscam liberdade e dignidade e não pode ser eliminado", destacou o dirigente.
"Parece que Israel acredita que a morte de nossos líderes significa o fim do nosso movimento, mas o Hamas fica cada vez mais forte e popular, e esses líderes se tornam ícones para futuras gerações continuarem a jornada por uma Palestina livre", acrescentou.
Sinwar, 61, foi morto por acaso por uma patrulha das Forças de Defesa de Israel (IDF) em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, na última quarta-feira (16). No entanto, o falecimento foi confirmado apenas no dia seguinte, quando soldados voltaram ao local do combate e encontraram o corpo do líder em meio a escombros.
Ele era um dos principais alvos do Exército israelense desde os atentados de 7 de outubro, que fizeram 1,2 mil vítimas e desencadearam uma guerra com mais de 40 mil mortos em Gaza, porém o premiê Benjamin Netanyahu assegurou que o falecimento de Sinwar não significa o fim do conflito.
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