O grupo xiita libanês Hezbollah reivindicou nesta terça-feira (22) o ataque contra a residência do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Cesareia, no norte do país.
Em declaração a jornalistas, o porta-voz do "Partido de Deus", Mohammed Afif, disse que o movimento assume "responsabilidade completa e exclusiva sobre a operação em Cesareia", posicionamento que também busca afastar rumores sobre um suposto envolvimento iraniano.
No último sábado (19), três drones foram lançados em direção à residência privada de Netanyahu, sendo que dois foram interceptados e um conseguiu chegar ao alvo. No entanto, segundo o governo israelense, o premiê não estava no local no momento do ataque, que não deixou feridos.
Essa foi a primeira ação militar direcionada diretamente contra o primeiro-ministro desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023 - o Hezbollah, apoiado pelo Irã, é aliado do grupo palestino Hamas.
"Os enviados do Irã que tentaram me assassinar cometeram um grave erro. Isso não vai me deter", disse Netanyahu no último fim de semana.
Além da guerra em Gaza, Israel trava há cerca de um mês uma ofensiva contra o Hezbollah que já deixou mais de 2 mil mortos no Líbano e eliminou a maior parte do comando do grupo, incluindo o líder Hassan Nasrallah, vítima de um bombardeio em Beirute.
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