As eleições presidenciais no Uruguai, realizadas no último domingo (27), terão um segundo turno em 24 de novembro entre Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda Frente Ampla e apoiado pelo ex-presidente José "Pepe" Mujica, e Álvaro Delgado, do conservador Partido Nacional e afilhado político do atual mandatário do país, Luis Lacalle Pou.
Orsi obteve no primeiro turno 42,6% dos votos, contra 26,9% de seu adversário, e chega como favorito após cinco anos de governo conservador. Andrés Ojeda, do Partido Colorado, de direita, ficou em terceiro, com 16%.
Ex-professor de história e ex-governador de Canelones, Orsi é tido como herdeiro político de Mujica, que, aos 89 anos, disse que esse pode ter sido seu último voto devido a um tratamento contra um câncer no esôfago. Mesmo sendo de oposição, o candidato da Frente Ampla já indicou que não planeja mudanças radicais no Uruguai em caso de vitória.
Delgado, por sua vez, é veterinário de formação, ex-senador e ex-secretário da Presidência de Lacalle Pou. Durante a campanha, prometeu dar continuidade ao trabalho de seu padrinho político.
A população uruguaia também rejeitou em plebiscito uma proposta para reduzir a idade de aposentadoria para 60 anos e proibir planos de previdência individuais, com 61,19% dos votos para o "não" e 38,81% para o "sim".
Em outro plebiscito simultâneo, os eleitores rechaçaram um projeto para autorizar operações policiais em residências durante a noite, com placar de 60,65% a 39,35%.
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