O novo líder do Hezbollah, Naim Qassem, anunciou que seguirá a estratégia de guerra planejada pelo seu antecessor, Hassan Nasrallah, morto pelo Exército de Israel em setembro passado.
A confirmação foi feita durante o primeiro discurso do chefe do grupo xiita, informou o jornal libanês "L'Orient Le Jour" nesta quarta-feira (30).
"Continuaremos nosso plano de guerra dentro das estruturas políticas delineadas. Permaneceremos no caminho da guerra.
Podemos continuar a lutar por dias, semanas e meses", afirmou.
Qassem destacou que o seu "programa de trabalho é uma continuação" do plano traçado pelo seu antigo líder, que morreu durante um ataque aéreo israelense na capital libanesa.
Segundo ele, o grupo não luta "por nenhum outro objetivo que não seja proteger o nosso país, apoiar os palestinos, impedir que Israel e os Estados Unidos assuma o controle do nosso país".
Falando sobre o Irã, aliado do Hezbollah e do Hamas, Qassem revelou que o país apoia seu projeto "sem pedir nada em troca".
"Aceitaremos qualquer apoio de qualquer país árabe para liderar a nossa luta", afirmou ele, agradecendo todas as frente "que nos apoiam, especialmente às do Iraque e do Iêmen".
No entanto, destacou que não luta em nome de ninguém ou pelo projeto de ninguém, mas sim pelo Líbano.
Por fim, o novo chefe do Hezbollah ameaçou o governo do premiê Benjamin Netanyahu e mandou suas tropas saírem "de nossas terras para diminuir suas perdas". "Se você ficar, pagará", disse.
Além disso, enfatizou que o grupo xiita pode aceitar um cessar-fogo com Israel, mas sob certas condições.
"Se Israel decidir parar a guerra, aceitaremos isso nos termos que forem conveniente para nós. Até agora, nenhuma proposta aceitável para Israel e adequada para nós foi colocada em discussão", concluiu.
Novo líder do Hezbollah ameaça Netanyahu: 'Ainda pode ser morto'
O novo líder do Hezbollah, Naim Qassem, ameaçou nesta quarta-feira (30) o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmando que ele “ainda pode ser morto”.
“Atingimos a casa de Netanyahu, desta vez ele sobreviveu, mas ainda pode ser morto”, declarou o novo comandante do grupo xiita, segundo o jornal “Times of Israel”, em seu primeiro discurso público após ser nomeado.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA