Socorristas da Espanha seguem em busca de desaparecidos nas inundações que devastaram o centro-leste do país, especialmente a Comunidade Valenciana, enquanto a agência meteorológica do governo emitiu um novo alerta para tempestades na região.
Até o momento, o balanço contabiliza pelo menos 95 mortos, mas a ministra da Defesa, Margarita Robles, afirmou nesta quinta-feira (31) que ainda há "muitos desaparecidos". "Não podemos dar um número exato", acrescentou.
Em entrevista à emissora pública RTVE, Javier, morador de Sedaví, na província de Valência, disse que ainda há corpos presos sob carros nas ruas. "A necessidade mais urgente é que venham recuperar os cadáveres. É um desastre indescritível", declarou.
O premiê socialista Pedro Sánchez e o líder da oposição conservadora Alberto Núñez Feijóo visitam a Comunidade Valenciana nesta quinta para acompanhar as ações de socorro à região, que registra novos temporais, sobretudo na província de Castellón.
"O mau tempo continua! Fiquem atentos!", diz uma mensagem publicada pela Agência Estatal de Meteorologia (Aemet) no X. Já o governador da Comunidade Valenciana, Carlos Mazón, rebateu as críticas sobre supostos atrasos para alertar a população sobre as tempestades dos últimos dias.
"Avisamos sobre a situação já no domingo [27]. Mas haverá tempo para falar sobre isso", disse ele ao jornal El Mundo.
O desastre foi causado por um fenômeno conhecido como Depressão Isolada em Níveis Altos (Dana), que acontece quando uma massa de ar gelado cai sobre outra de ar quente, produzindo chuvas intensas.
Dos 95 mortos confirmados, 92 são da província de Valência; dois, da comunidade autônoma de Castilla-La Mancha; e um, da Andaluzia.
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