Pelo menos 70 pessoas morreram em função de chuvas torrenciais e inundações na Espanha, sobretudo na província de Valência, balanço que ainda está destinado a aumentar devido aos numerosos desaparecidos.
O desastre foi causado por um fenômeno conhecido como Depressão Isolada em Níveis Altos (Dana), que acontece quando uma massa de ar gelado cai sobre outra de ar quente, produzindo chuvas intensas.
O último boletim de mortos foi divulgado por fontes governamentais ao jornal El País, enquanto socorristas trabalham em busca de vítimas em áreas inundadas. Também há relatos de enchentes nas comunidades autônomas de Castilla-La Mancha e Andaluzia, e o governo do premiê Pedro Sánchez declarou três dias de luto nacional.
"Nós estávamos presos como ratos. Carros e contêineres de lixo foram arrastados pela correnteza ao longo das ruas", disse Ricardo Gabaldón, prefeito de Utiel, cidade vizinha a Valência. "A água subiu até três metros", acrescentou.
As chuvas também deixaram cerca de 155 mil pessoas sem energia elétrica, enquanto as viagens ferroviárias entre a capital Madri e Valência foram interrompidas por causa dos danos nas linhas de trem. Já o Congresso Nacional da Espanha suspendeu as sessões desta quarta-feira (30).
Em publicação no X, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, expressou solidariedade às famílias das vítimas das inundações. "Pela estima e pelo respeito que tenho por ele, estou ao lado do rei Filipe VI, símbolo da unidade nacional neste momento de dificuldade", ressaltou o chanceler.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, seguiu o mesmo caminho e expressou sua solidariedade "e a do governo à comunidade espanhola duramente atingida pelas inundações que puseram de joelhos territórios inteiros, em particular a cidade de Valência”.
Em sua mensagem nas redes sociais, Meloni garantiu seu “pensamento de proximidade aos familiares das vítimas”.
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