O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, marcou presença em um tribunal de Tel Aviv para prestar depoimento pela primeira vez em um julgamento por corrupção.
Netanyahu, que tentou diversas vezes adiar a sua ida ao tribunal israelense em razão das guerras na Faixa de Gaza e no Líbano, se tornou o primeiro chefe de governo em exercício no país a enfrentar um processo criminal, que envolve acusações de suborno, fraude e abuso da confiança pública.
O julgamento teve início no meio de 2020, mas o processo foi interrompido depois do ataque efetuado pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas em 7 de outubro de 2023.
"Em primeiro lugar, obrigado. Há oito anos que espero por este momento, para dizer a verdade tal como me lembro, uma verdade que também é importante para a justiça. Não há justiça sem verdade", disse Netanyahu durante seu depoimento, de acordo com a imprensa local.
Netanyahu evitou deliberadamente ficar sentado no banco dos réus até os fotógrafos saírem do tribunal, já que é proibido fazer imagens após a entrada dos juízes. O tribunal também não aceitou o pedido da mídia para transmitir o depoimento ao vivo.
Fora do tribunal, diversos manifestantes, incluindo familiares dos reféns mantidos pelo Hamas, se reuniram para protestar contra o chefe de governo.
Uma das manifestantes foi Maayan Sherman, mãe de um soldado israelense sequestrado e morto. Ela segurou uma foto do filho e acusou que ele foi "raptado" e "assassinado" por causa de Netanyahu.
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