A Venezuela anunciou nesta terça-feira (14) que reduziu a três o número de diplomatas que podem se credenciar nas embaixadas da Itália, França e Holanda em Caracas.
A decisão foi tomada após uma "resposta" hostil dos governos citados durante a posse do presidente Nicolás Maduro no último 10 de janeiro.
"A decisão é uma resposta à conduta hostil dos governos dos Países Baixos, da França e da Itália, caracterizada pelo apoio a grupos extremistas e pela interferência nos assuntos internos", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, em sua conta no Telegram.
Além disso, o comunicado ainda acrescentou que os diplomatas precisarão de "autorização por escrito do nosso Ministério das Relações Exteriores para viajar para mais de 40 quilômetros da Praça Bolívar, garantindo o cumprimento rigoroso das suas funções".
A praça citada fica no centro de Caracas, o que significa que o corpo diplomático em questão não poderá deixar a grande área metropolitana da capital sem autorização.
"A Venezuela exige respeito à soberania e à autodeterminação, princípios consagrados da Carta das Nações Unidas, principalmente daqueles que estão subordinados às diretrizes de Washington", explicou Gil em um anúncio formal.
Em 10 de janeiro, horas antes da posse do chavista para um novo mandato como presidente da Venezuela, a premiê da Itália, Giorgia Meloni, enviou uma nota em que condenou a "inaceitável repressão" por parte do regime Maduro.
O governo italiano reconhece o opositor, Edmundo González Urrutia, como o vencedor das eleições de 28 de julho de 2024, cujo resultado nunca foi comprovado com a apresentação das atas.
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