O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, sugeriu "adiar" as eleições do próximo domingo (30) por conta do suposto problema de inserções da campanha eleitoral em rádios do nordeste e do norte.
A acusação já foi arquivada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, que considerou que as "provas" apresentadas pela campanha do atual presidente eram "relatórios ou listagens de cunho absolutamente genérico e indeterminado".
Além disso, determinou abertura de uma investigação por um possível "crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito em sua última semana".
Mas, a defesa de Bolsonaro informou que vai recorrer da decisão e alega que foi prejudicada.
"Tem um candidato que está sendo depreciado e um que está sendo favorecido. Se fosse dado o direito de resposta a Jair Bolsonaro é tanto tempo que seria necessário adiar a eleição. Se a eleição for no domingo, Jair Bolsonaro foi prejudicado e não teve direito de reparação", disse ao portal baiano "BNews".
Ainda conforme o deputado, essas inserções de rádio não ocorreram "nas regiões mais pobres do país", locais onde "as pessoas se orientam muito mais por aquilo que passa na televisão aberta e no rádio".
A campanha de Bolsonaro fala em mais de 150 mil inserções que não teriam sido transmitidas, mas os advogados apresentaram uma amostra ao TSE de 730 inserções em oito rádios. No entanto, a ferramenta usada pela campanha fez o cálculo com base no streaming que, por lei, não é obrigado a transmitir propaganda eleitoral. A obrigatoriedade apenas existe para a radiodifusão.
Para Moraes, em sua decisão, além dos relatórios serem "indeterminados", a empresa que fez a auditoria é "inepta" ao serviço.
As datas das eleições são definidas pela Constituição brasileira e uma mudança do tipo só pode ser feita com uma votação de emenda à Carta Magna aprovada pelo Congresso.
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