O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (22) uma nova leva de ministros de seu futuro governo, que toma posse oficialmente em 1º de janeiro de 2023.
Ao todo, Lula apresentou os nomes de 16 membros do novo Executivo, incluindo pastas cobiçadas pelos partidos, como a Saúde, entregue à presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade.
A Fiocruz é uma das principais entidades de pesquisa e fabricantes de vacinas do Brasil, e a nomeação de Trindade marca um claro rompimento com as políticas anticiência da gestão de Jair Bolsonaro.
Outro ministérios de destaque, como Educação (Camilo Santana), Desenvolvimento Social (Wellington Dias), Relações Institucionais (Alexandre Padilha), Trabalho (Luiz Marinho) e Secretaria-Geral da Presidência (Márcio Macedo) foram entregues ao PT, confirmando a preponderância do partido na equipe de governo.
Já o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) foi nomeado como ministro da Indústria e do Comércio, enquanto seu correligionário Márcio França assumirá a pasta de Portos e Aeroportos.
Representantes da sociedade civil também terão espaço no governo Lula, como a cantora Margareth Menezes (Cultura), o sociólogo e professor Silvio Almeida (Direitos Humanos) e a ativista Anielle Franco (Igualdade Racial), irmã de Marielle Franco, vereadora carioca executada no Rio de Janeiro em março de 2018.
Lula também anunciou nesta quinta os novos ministros da Gestão (Esther Dweck), da Controladoria-Geral da União (Vinícius Marques), da Advocacia-Geral da União (Jorge Messias), da Ciência e Tecnologia (Luciana Santos, do PCdoB) e da Mulher (Cida Gonçalves).
Eles se juntam ao já anunciados Fernando Haddad, do PT (Fazenda); Mauro Vieira (Relações Exteriores); Rui Costa, do PT (Casa Civil), José Mucio, do PTB (Defesa); e Flávio Dino, do PSB (Justiça e Segurança Pública).
Dos 21 ministros já confirmados, apenas seis são mulheres, embora Lula tenha acenado com uma igualdade de gênero durante a campanha eleitoral. Além disso, sete são do PT; três, do PSB; um, do PTB; e um do PCdoB. Outros nove não têm filiação partidária.
O presidente eleito deve anunciar mais 16 ministros até o início da semana que vem, e a expectativa é de que essa última leva inclua representantes dos partidos que se juntaram a Lula apenas durante ou depois das eleições.
Um dos nomes mais aguardados é o do futuro ministro do Meio Ambiente, posto que tem como favorita Marina Silva (Rede).
Também existe a expectativa sobre o papel da senadora e ex-presidenciável Simone Tebet (MDB), que participou ativamente da campanha de Lula no segundo turno e era cotada para o Desenvolvimento Social.
"Quem tem expectativa, não perca a expectativa, porque tudo pode acontecer nesses próximos dias", disse o presidente eleito. (ANSA)
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