(ANSA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne nesta sexta-feira (10) com seu homólogo norte-americano, Joe Biden, para debater a defesa da democracia e o combate ao desmatamento.
No início da conversa no Salão Oval, o petista agradeceu o democrata pelo cumprimento após a vitória nas eleições presidenciais e pela defesa da democracia, citando as invasões ao Capitólio dos EUA e ao Congresso Nacional brasileiro, dois atos que "não podem acontecer".
Além disso, ele parabenizou Biden por seu discurso do Estado da União no Congresso americano, que "cairia muito bem no Brasil".
Lula enfatizou ainda que o mundo pode contar com o Brasil na luta pela preservação da Amazônia e na defesa da democracia, ressaltando que a floresta foi violada durante o mandato do último presidente.
"O Brasil tem um compromisso com as mudanças climáticas para reduzir o desmatamento e reduzir as emissões", garantiu ele.
Para o petista, "cuidar da Amazônia hoje é cuidar do planeta Terra. E cuidar do planeta Terra é cuidar da nossa sobrevivência". "Por isso, todos nós temos a obrigação de deixar para os nossos filhos e netos um mundo melhor do que o recebemos dos nossos pais".
O presidente brasileiro reforçou que o mundo precisa de uma nova estrutura para implementar as obrigações sobre o assunto. "Vamos levar muito a sério essa questão do clima. E lhe digo mais uma coisa, presidente, é preciso que a gente estabeleça uma nova conversa para construir uma governança mundial mais forte, porque a questão climática, se não tiver uma governança global forte, que tome decisões que todos os países sejam obrigados a cumprir, não vai dar certo", acrescentou.
Por sua vez, Biden reafirmou seu apoio à democracia, lembrando que Brasil e Estados Unidos são "as duas maiores democracias do hemisfério".
"Brasil e Estados Unidos estão juntos rejeitando a violência política e defendendo os valores das nossas instituições democráticas", declarou o líder norte-americano.
Lula chegou à Casa Branca acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, por volta de 17h55 (horário de Brasília). Entre os temas que o petista deve tratar ainda com Biden estão o combate à desigualdade racial e o comércio entre os dois países.
A expectativa é de que os dois líderes façam uma declaração à imprensa após o encontro privado na Casa Branca.
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