Os mandados de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia contra o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e o líder da ala militar do Hamas, Mohammed Deif, estarão na pauta de uma reunião ministerial do G7 na Itália na semana que vem.
Os ministros das Relações Exteriores do grupo de sete potências se encontrarão em Fiuggi, na região do Lazio, em 25 e 26 de novembro, evento que faz parte do calendário da presidência italiana no G7.
No entanto, a reunião também servirá para discutir a decisão anunciada na última quinta (21) pelo TPI, que pediu que os países integrantes do tribunal não hesitem em cumprir os mandados caso os alvos pisem em seus territórios.
"Examinaremos os autos para entender quais são as motivações que levaram a corte a essa decisão. Começa na segunda-feira [25], em Fiuggi, o G7 dos ministros das Relações Exteriores, e tomaremos as decisões juntos com nossos aliados. Essa é a linha escolhida pela nossa premiê [Giorgia Meloni]", disse o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, anfitrião do encontro.
"Nós respeitamos e apoiamos o TPI, mas estamos convencidos de que ele deve desempenhar um papel jurídico, e não político", acrescentou o chanceler.
Pouco antes, o ministro da Infraestrutura e dos Transportes da Itália, Matteo Salvini, havia dito que Netanyahu seria "bem-vindo" caso decidisse viajar ao país. "Os criminosos de guerra são outros", destacou o líder de direita, que divide a função de vice-premiê com Tajani.
Entre os membros do G7, os EUA já rechaçaram os mandados de prisão do TPI, enquanto o Canadá e o Reino Unido disseram que cumprirão as decisões do tribunal.
A Corte de Haia acusa Netanyahu, Gallant e Deif de crimes de guerra e contra a humanidade no conflito na Faixa de Gaza - o dirigente do Hamas, no entanto, é dado como morto por Israel, informação não confirmada pelo grupo.
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