A mais alta instância judicial da Guatemala suspendeu temporariamente neste domingo (2) a oficialização dos resultados das eleições presidenciais em virtude das denúncias de irregularidades feitas por partidos da direita.
Em um comunicado, o tribunal informou que tomou a iniciativa "após avaliar um recurso interposto por nove partidos", entre eles o Vamos, legenda do atual presidente Alejandro Giammattei, e o Valor, de Zury Rios, filha do ex-ditador José Efraín Rios Montt.
Antes da decisão das autoridades locais, as siglas apresentaram um recurso para tentar impedir que o Tribunal Superior Eleitoral da Guatemala atribuísse a vitória a certos candidatos sem antes investigar supostas irregularidades.
A primeira etapa do pleito teve uma disputa imprevista entre a ex-primeira-dama Sandra Torres (UNE), em sua terceira tentativa de conquistar o cargo mais alto do estado, e o líder do movimento de centro-esquerda Semilla, Bernardo Arévalo, que não apareceu em nenhuma pesquisa entre os possíveis vencedores.
O resultado criou uma descontinuidade no poder guatemalteco, que teve três mandatários consecutivos de direita. O segundo turno das eleições está agendado para acontecer em 20 de agosto.
Enquanto isso, as missões de observação eleitoral da União Europeia e da Organização dos Estados Americanos (OEA) pediram para que os desejos dos eleitores fossem respeitados.
Em um comunicado, a delegação da UE convidou "as instituições judiciárias e os partidos políticos a respeitarem a clara vontade dos cidadãos livremente expressa nas eleições de 25 de junho".
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