(ANSA) - O ex-primeiro-ministro da Itália Arnaldo Forlani morreu nesta quinta-feira (6), aos 97 anos de idade, em sua residência em Roma, informou seu filho Alessandro.
Nascido em Pesaro em 1925, Forlani ocupou o cargo de premiê da Itália entre 18 de outubro de 1980 e 28 de junho de 1981. Ele também chegou a ser ministro da Defesa (1974-1976) e das Relações Exteriores (1976-1979) e vice-premiê no governo de Bettino Craxi (1983-1987).
Ao longo de sua carreira, o italiano cumpriu a função de secretário do partido Democracia Cristã (DC) entre 1969 e 1973 e depois de 1989 a 1992 e foi considerado um dos mais importantes políticos do país de 1970 ao início dos anos 1990.
Além disso, Forlani, que completaria 98 anos no próximo dia 8 de dezembro, foi um dos principais expoentes democrata-cristão e percorreu toda a Primeira República, sendo depois dominado pelo escândalo das "Mãos Limpas".
O ano de 1992 ficou marcado por sua queda política, tanto como secretário do partido DC quanto por ter sido derrotado na votação parlamentar para a presidência da República.
Na sequência, sentou no banco de réus por corrupção e seu depoimento durante o julgamento ficou entre os mais famosos pelas imagens impiedosas que o retratam com resíduos de saliva nos cantos da boca, enquanto respondia às perguntas de Antonio Di Pietro alternando um "não sei" com "não me lembro".
Forlani foi condenado a 2 anos e 4 meses de prisão por financiamento ilícito, pena que posteriormente foi convertida em prestação de serviço social. Ele era o ex-premiê mais velho ainda vivo.
"É com muita emoção que recebo a notícia do falecimento de Arnaldo Forlani, e desejo expressar meus sentimentos de solidariedade e proximidade a seus filhos e familiares", afirmou o presidente da Itália, Sergio Mattarella.
Segundo o chefe de Estado, "Forlani foi durante longa temporada uma personalidade de destaque da República, e sua atuação no governo e no partido de relativa maioria contribuiu para os rumos do país, seu crescimento democrático, desenvolvimento econômico e a consolidação do protagonismo italiano na Europa, na Aliança Atlântica, no fórum internacional".
"Ele deixa uma marca muito importante na história republicana.Foi Presidente do Conselho numa fase de profundas mudanças, desempenhou vários cargos ministeriais importantes, foi eleito para o Parlamento Europeu durante mais de 35 anos e concluiu a sua atividade parlamentar no Parlamento Europeu", concluiu Mattarella.
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