(ANSA) - Com a proximidade do início da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que acontece entre terça e quarta-feira (11 e 12) na Lituânia, chefes de Estado sinalizam que a aliança vai manter o apoio firme à Ucrânia, mas que o país só vai ingressar no grupo após o fim da guerra contra a Rússia.
"Acredito que a melhor escolha seja a de criar um conselho Otan-Ucrânia para preparar o terreno para uma futura adesão de Kiev, que certamente deverá acontecer após a guerra", declarou o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani.
"Isso não significa que não haverá atenção para a Ucrânia ou que não será feito todo o possível para garantir a liberdade e a independência do país, mas mantenho que se deve chegar ao objetivo com passos que permitam alcançar a paz", completou.
O principal gesto de apoio deverá ser a decisão de permitir que a Ucrânia entre na organização sem necessidade de seguir o Plano de Ação para a Adesão (Membership Action Plan, MAP), que orienta os países aspirantes a tomar determinadas medidas de adequação às regras da Otan.
"Os estudos estão em andamento. Não há uma decisão final tomada, mas acredito que os aliados mandarão uma mensagem clara à Ucrânia e que amanhã haverá um acordo. Mas é cedo para entrar em detalhes", disse o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, durante coletiva de imprensa.
"Vamos aumentar nosso apoio à Ucrânia com um pacote de assistência múltipla e poderemos aproximar o país da Otan", concluiu.
Em resposta, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a adesão ucraniana teria "consequências muito, muito negativas", segundo a agência oficial russa Tass. Ele afirmou ainda que, nesse caso, a Rússia precisaria ter uma "reação firme".
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