(ANSA) - O presidente da Argentina, Alberto Fernández, rejeitou nesta terça-feira (18) a ideia de que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia fosse o ponto central da cúpula entre a União Europeia (UE) e a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) em Bruxelas.
"Os problemas de que a imprensa fala não existiram. Houve algumas vozes dissidentes, é claro, mas esse não foi o foco da cúpula", disse Fernández.
"A cúpula ocorreu em um contexto de guerra, mas a esmagadora maioria dos países da Celac condenou a invasão da Rússia na Ucrânia e isso significa que a ideia de que o objetivo da cúpula era a guerra é mais especulação jornalística do que outra coisa", acrescentou.
Nos últimos dias surgiram especulações de que a guerra na Ucrânia era um tema de divisão nas conclusões finais da cúpula. A UE sempre pressionou por uma condenação explícita à Rússia, mas esbarrou na neutralidade de alguns países latino-americanos.
Ainda assim, a União Europeia e a Celac - com exceção da Nicarágua - concordaram em expressar "profunda preocupação" pela "guerra contra a Ucrânia".
Durante coletiva de imprensa após o encerramento da cúpula em Bruxelas, o líder argentino também reforçou que "o memorando de entendimento entre a União Europeia e a Argentina sobre energia garante segurança jurídica aos investidores europeus".
"É um documento importante para a Argentina, trago da cúpula a satisfação de tê-lo assinado", acrescentou Fernández.
Segundo comentou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o acordo assinado à margem da cúpula visa "desenvolver indústrias estratégicas" no país sul-americano, "das renováveis ao hidrogênio". "É um plano positivo para o crescimento e o emprego na Argentina e para a segurança do abastecimento da UE", concluiu ela.
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