(ANSA) - O programa de governo do candidato da extrema-direita à presidência da Argentina, Javier Milei, prevê propostas ultraliberais na economia como a privatização do sistema de saúde, da educação e das empresas estatais, redução da máquina pública e uma reforma trabalhista.
As ideias foram apresentadas pelo candidato, que é líder da coalizão Liberdade Avança, em uma transmissão ao vivo no Instagram.
Durante a live, ele ressaltou também que pretende "dolarizar" a economia e acabar com o Banco Central.
"Devemos mirar no longo prazo em privatizar os sistemas de saúde e educação, além de eliminar a assistência social direta.
Vamos fechar ou privatizar todas as estatais e eliminar as obras públicas", afirmou.
Já a ideia de "reforma monetária", com o fim do Banco Central, é a proposta, segundo ele, para "derrotar a inflação".
Javier Milei, considerado por analistas uma "versão argentina de Jair Bolsonaro", acrescentou que o projeto dele para a segurança é "restabelecer o apoio político" às polícias, para que "voltem a cumprir suas funções de proteger a vida, a liberdade e a propriedade dos indivíduos".
A eleição na Argentina está marcada para 22 de outubro, com possibilidade de segundo turno em 19 de novembro.
Entre os principais concorrentes à Casa Rosada estão o atual ministro da Economia, Sergio Massa, o prefeito da cidade de Buenos Aires, Horácio Rodríguez Larreta, e a ex-deputada e ex-ministra Patricia Bullrich.
O atual chefe de Estado, Alberto Fernández, amarga até 80% de desaprovação popular e decidiu não buscar a reeleição.
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