(ANSA) - O governo italiano decidiu nesta segunda-feira (7) anular o teto salarial imposto pela legislação nacional em relação aos concursos públicos para quem trabalhar na construção da ponte no Estreito de Messina, para garantir o envolvimento dos melhores profissionais.
A construção da ponte que ligaria a ilha da Sicília à Península Itálica tem sido debatida há décadas sem sucesso e agora o ministro da Infraestrutura e dos Transportes, Matteo Salvini, adotou como bandeira de sua gestão.
Hoje, o Conselho de Ministros concordou em revogar este limite, fixado em 240 mil euros, para "contratar os melhores profissionais", de acordo com a pasta de Salvini.
"Para a contratação de técnicos altamente profissionais, está prevista a revogação dos limites salariais previstos para administradores e funcionários públicos", diz a nota.
A medida beneficiará os integrantes do conselho de administração da empresa encarregada de executar o projeto, alvo de críticas por parte da oposição.
Além disso, o decreto de Salvini reativa a mesa técnica de transportes na área do Estreito, sendo que o primeiro encontro está agendado para esta terça-feira (8), na Universidade de Messina.
"A iniciativa insere-se nas atividades lançadas pelo ministério para concretizar rapidamente a construção da ponte com o objetivo de promover iniciativas que visem o desenvolvimento da intermodalidade nos setores ferroviário, aeroportuário e marítimo da zona", concluiu o Ministério de Infraestrutura.
O objetivo do governo italiano é concluir o novo projeto executivo até 31 de julho de 2024 e iniciar as obras até o final desse ano. A expectativa é de que a obra seja "um motor de crescimento" para o sul da Itália, além de "uma importante atração turística".
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