(ANSA) - Terminou o segundo e último dia de velório do ex-presidente da Itália Giorgio Napolitano, morto em 22 de setembro, aos 98 anos de idade.
O espaço montado na sede do Senado, em Roma, foi fechado ao público pouco depois das 16h (horário local), enquanto o funeral - laico e com honras de Estado - está programado para 11h30 desta terça-feira (26), no plenário da Câmara dos Deputados.
Durante dois dias, as principais personalidades da política italiana passaram pelo Senado para se despedir de Napolitano, incluindo o presidente Sergio Mattarella e a premiê Giorgia Meloni.
No domingo (24), o papa Francisco apareceu de surpresa no velório para, segundo o Vaticano, "honrar o grande serviço prestado à Itália" pelo ex-chefe de Estado.
Já o funeral deve contar com as presenças dos presidentes da França, Emmanuel Macron, e da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier.
O ex-mandatário italiano será sepultado no Cemitério Não-Católico de Roma, também conhecido como Cemitério Protestante.
Napolitano foi o 11º presidente na história da República Italiana e o primeiro a ser reeleito para um segundo mandato, abrindo um precedente que seria seguido por Mattarella, seu sucessor.
Ex-membro do Partido Comunista Italiano (PCI), ele chefiou o Estado entre maio de 2006 e janeiro de 2015, quando renunciou ao cargo devido à idade avançada.
Ao longo desse período, foi uma figura de garantia institucional e estabilidade em um dos momentos mais complicados da história republicana da Itália: a crise do euro, quando Napolitano pressionou pela renúncia do então premiê Silvio Berlusconi e bancou um governo técnico guiado pelo economista Mario Monti.
Ele também foi presidente da Câmara dos Deputados (1992-1994), ministro do Interior (1996-1998) e ministro da Defesa Civil (1996-1998), além de parlamentar por quase 40 anos. (ANSA)
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