(ANSA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classficou hoje (27) como "insanidade" a atitude do premiê israelense Benjamin Netanyahu de atacar a Faixa de Gaza e evitou chamar o Hamas de terrorista.
"Agora temos a insanidade do primeiro-ministro de Israel querendo acabar com a Faixa de Gaza, se esquecendo que lá não tem só soldado de Hamas, que lá tem mulheres, tem crianças, que são as grandes vítimas dessa guerra", afirmou o petista em encontro com jornaistas no Palácio do Planalto.
O Brasil exerce a presidência temporária do Conselho de Segurança da ONU, onde tem defendido um cessar-fogo, a libertação dos reféns em poder do Hamas e a criação de um corredor entre Gaza e Egito para garantir a repatriação de cerca de 30 brasileiros.
O mandatário progressista reiterou hoje que, para seu governo, Hamas não é um grupo terrorista.
"O Brasil só reconhece como organização terrorista aquela que o Conselho de Segurança da ONU reconhece, e o Hamas não é reconhecido pelo Conselho como organização terrorista, porque disputou eleições na Faixa de Gaza e ganhou", destacou.
"Mas dissemos que o ato de Hamas foi terrorista, nós dissemos isso em alto e bom som", reforçou.
A posição do governo brasileiro frente ao Hamas foi questionada há duas semanas pelo embaixador isralense em Brasília, Daniel Zonshine, durante um encontro com parlamentares brasileiros.
Posteriormente, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro convocou Zonshine para que esclarecesse sua posição.
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