(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, se reuniu neste sábado (2) com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para reforçar os esforços para garantir uma "paz sustentável" em Gaza.
O encontro ocorreu à margem da 28ª edição da Conferência da ONU sobre as mudanças climáticas, a COP28, que tem a crise em andamento no Oriente Médio no topo da sua agenda.
Em relação ao conflito entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas, o gabinete da premiê italiana no Palazzo Chigi explicou que "houve um acordo sobre a continuação da ação diplomática urgente e coordenada para conter a sua maior expansão e as consequências humanitárias relacionadas".
A Itália e o Egito "concordaram em continuar a trabalhar num espírito de cooperação reforçada, a fim de alcançar uma paz sustentável em Gaza", acrescenta a nota.
Guerra
Chegou a 15,2 mil o número de mortos em bombardeios israelenses na Faixa de Gaza, segundo balanço divulgado neste sábado (2) pelo Ministério da Saúde do enclave palestino, que é controlado pelo grupo fundamentalista Hamas.
O boletim aponta que quase 70% do total das vítimas são mulheres e crianças e que 240 pessoas morreram desde o encerramento da trégua entre as duas partes. O governo de Gaza também contabiliza mais de 40 mil feridos.
Hoje, o Crescente Vermelho Palestino, citado pela BBC e CNN, informou que os primeiros 50 caminhões de ajuda humanitária desde o recomeço das hostilidades entraram na Faixa de Gaza a partir da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito.
Já a área de Khan Yunis, no sul de Gaza, tem sido alvo de intensos bombardeios desde a noite passada. Segundo fontes locais, a força aérea atingiu edifícios na cidade, enquanto paralelamente a artilharia disparava contra a zona agrícola de Karara, perto da fronteira com Israel, e a marinha abria fogo contra alvos na costa da vizinha Deir el-Balá.
Os militares israelenses afirmaram que atacaram mais de 400 "alvos terroristas" na Faixa de Gaza desde o fim do cessar-fogo com o Hamas.
O Unicef, por sua vez, revelou que mais de 5,3 mil crianças palestinas foram mortas em 48 dias de ataques implacáveis contra Gaza, um número que não inclui os muitos menores ainda desaparecidos e presumivelmente enterradas sob os escombros.
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