(ANSA) - O ex-premiê da Itália e líder do partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) Giuseppe Conte foi ouvido nesta quinta-feira (18) pelo júri de honra que solicitou ao Parlamento em dezembro, quando acusou a atual primeira-ministra, Giorgia Meloni, de divulgar “mentiras difamatórias” contra ele.
Na ocasião, a premiê acusou Conte de ter aprovado a reforma do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM), instrumento da União Europeia para ajudar países em crise na zona do euro, "contra o parecer do Parlamento", "sem dizê-lo aos italianos" e "com o apoio das trevas".
Após o depoimento, Conte disse confiar no júri: “A atividade no júri de honra é secreta, mas como sabem, o solicitei porque o considero uma instituição parlamentar de salvaguarda em situações extremas, como afirmações falsas e mentiras que objetivamente ofendem a honra e a reputação, não só minha pessoal, mas também do governo em relação à discussão transparente com o Parlamento”.
“Quero justiça. Tenho plena confiança, que façam suas considerações. Reivindico que não se crie um precedente, que não seja permitido a nenhum parlamentar – porque falamos da deputada Meloni, que não é só presidente do Conselho [dos Ministros] – vir ao Parlamento e revirar a realidade dos fatos.
O instrumento do júri de honra é acionado por um deputado quando ele alega ter sido acusado de fatos que mancham sua honra e serve para dirimir controvérsias entre parlamentares.
A oitiva de Meloni está prevista para esta sexta-feira (19), e uma decisão deverá ser pronunciada em plenário até 9 de fevereiro.
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