(ANSA) - Após oito anos de governo socialista, Portugal caminha para a direita.
Com quase 100% dos votos apurados, a coalizão conservadora Aliança Democrática (AD) aparece com 29,54% da preferência, enquanto o partido de extrema direita Chega, que entrou no Parlamento há apenas quatro anos, alcança 18%.
Por sua vez, o Partido Socialista (PS), do premiê demissionário António Costa, viu seu eleitorado ser enxugado de 41% para 28,67%, logo atrás da AD, que, apesar da vitória, não terá maioria na Assembleia da República para governar sem precisar de alianças.
Durante a campanha eleitoral, o líder da Aliança Democrática, Luís Montenegro, assegurou que manteria o Chega longe do governo; dessa forma, a única alternativa seria uma coligação com os socialistas de Pedro Nuno Santos, tido como símbolo da mudança geracional no partido e que já fala em comandar a oposição.
Enquanto isso, o Chega já atua para tentar demover a AD de uma aliança com a centro-esquerda. "Os portugueses nos querem no governo, querem um Executivo formado por nós e pela Aliança Democrática. Acabou em nosso país a temporada do bipartidarismo", disse André Ventura, líder da legenda de extrema direita, que dobrou seus votos em relação às eleições passadas.
Na Itália, o líder populista português recebeu os parabéns do vice-premiê e ministro da Infraestrutura e dos Transportes, Matteo Salvini, que sonha com um avanço da direita nas eleições europeias de junho. "Resultado extraordinário, sozinhos contra todos", disse um dos fiadores do governo de Giorgia Meloni. (ANSA)
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