(ANSA) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a abertura de um inquérito contra o proprietário da plataforma X, Elon Musk, após o bilionário ter dito que reativaria perfis bloqueados a mando da Justiça por disseminar desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro.
Moraes incluiu o magnata na investigação das "milícias digitais" depois de ver indícios de obstrução de Justiça e incitação ao crime, além de ter ordenado que o dono do X não desobedeça decisões judiciais, estabelecendo multa de R$ 100 mil por conta reativada ilegalmente.
Segundo o ministro, as redes sociais "não são terra de ninguém", e é "inaceitável" que seus representantes "desconheçam a instrumentalização realizada pelas milícias digitais".
"A flagrante conduta de obstrução à Justiça brasileira, a incitação ao crime, a ameaça pública de desobediência a ordens judiciais e de futura ausência de cooperação da plataforma são fatos que desrespeitam a soberania do Brasil", escreveu o magistrado.
Musk defendeu a "renúncia" e até o "impeachment" de Moraes e o acusou de "trair descarada e repetidamente a constituição e o povo do Brasil", prometendo publicar "tudo o que foi exigido" pelo ministro e "como esses pedidos violam a legislação brasileira".
Já o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, afirmou ontem que o governo não vai "permitir que ninguém, independentemente do dinheiro e do poder que tenha, afronte nossa pátria". (ANSA)
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