O governador da região italiana da Ligúria, Giovanni Toti, de centro-direita, colocado em prisão domiciliar no âmbito de uma investigação por suspeita de corrupção, foi interrogado nesta quinta-feira (23) em uma delegacia em Gênova.
O político e jornalista é acusado de ter recebido 74,1 mil euros (R$ 405 mil) e promessas de financiamento dos empresários dos setores logístico e imobiliário Aldo e Roberto Spinelli, em troca de favores do poder público, incluindo a privatização de uma praia na costa lígure, a facilitação dos trâmites para a construção de um complexo imobiliário e a renovação da concessão de um terminal portuário em Gênova, capital da região.
Tal como Toti, o empresário de logística Aldo Spinelli - antigo presidente dos clubes de futebol de Gênova e Livorno - foi colocado em prisão domiciliar, enquanto o antigo presidente da Autoridade Portuária de Gênova, Paolo Signorini, foi colocado sob custódia na prisão.
Na semana passada, o governador da Ligúria chegou a reiterar a sua inocência e disse que seria capaz de mostrar que a sua gestão da região do noroeste da Itália era "limpa".
Ao todo, Toti terá que responder mais de 100 perguntas feitas pelos promotores do caso. As questões dizem respeito ao financiamento recebido não só por Spinelli e Francesco Moncada, mas também pelo "rei dos aterros" Pietro Colucci e outros empresários.
Já os demais questionamentos dizem respeito à suposta troca de votos. Toti é auxiliado pelo advogado Stefano Savi. O interrogatório pode durar muito tempo e, portanto, não está excluído que possa ser interrompido esta noite e retomado na manhã de sexta-feira (24).
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