O presidente da França, Emmanuel Macron, aceitou a renúncia de seu primeiro-ministro, Gabriel Attal, mas pediu para seu aliado permanecer no cargo até à nomeação de um novo governo, informou o Palácio do Eliseu nesta terça-feira (16).
"Para que este período termine o mais rápido possível cabe às forças republicanas trabalharem juntas para construir uma união em torno de projetos e ações a serviço do povo francês", acrescenta a nota.
Com isso, Attal e outros ministros vão ser responsáveis apenas por despachar os assuntos recorrentes de forma a garantir a continuidade dos assuntos de Estado, sem tomarem nenhuma medida política essencial durante o período interino.
Attal pediu demissão do cargo após o segundo pleito das eleições legislativas sacramentar uma vitória inesperada do bloco de esquerda Nova Frente Popular (NFP), de Jean-Luc Mélenchon, que obteve cerca de 190 das 577 cadeiras na Assembleia Nacional.
Na ocasião, porém, o presidente francês decidiu manter o aliado na chefia do governo, dado que nenhum bloco obteve maioria no Parlamento, a fim de garantir a "estabilidade do país".
Ontem, o coordenador do França Insubmissa (LFI), Manuel Bompard, chegou a denunciar que as negociações para formar um novo governo no país "enfrentam um impasse" devido à "oposição sistemática" dos socialistas.
O político francês acusou o Partido Socialista (PS) de "rejeição constante e contínua de todas as propostas sobre a mesa" para poder identificar um candidato ao cargo de primeiro-ministro que reúna o apoio de todos os componentes da NFP.
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